Agentes concluem formação de Escuta Cristã
Na noite de ontem (sexta-feira, 26/10), na Cúria, tivemos o encerramento da formação de Escuta Cristã.
Este curso iniciou-se em março e contou com a participação de vários agentes de diversas paróquias (e cidades) de nossa Arquidiocese, entre eles Paulínia - Paróquia Sagrado Coração de Jesus.
Queremos parabenizar o Diácono Isael, Cina e Desvalda que receberam, por ocasião da Missa, presidida pelo Padre Luís Sérgio (Paróquia Nossa Sra de Lourdes - Vinhedo) e concelebrada pelo nosso pároco Padre Paulo Cesar, o certificado de conclusão do curso.
Agora estão preparados para exercer este bonito serviço, que em breve será estruturado em nossas comunidades.
Deus derrame abundantes bênçãos na vida desses irmãos.
O Ministério da Escuta Cristã
“Numa sociedade que não é mais estruturada ao redor da religião, a ação pastoral deve oferecer às pessoas a possibilidade de partilhar a experiência cristã numa comunidade. Assim sendo, quero propor que todas as Paróquias sejam “Pólo Missionário”, centro de vivência comunitária e irradiação do Evangelho, idéia que a Revisão Ampla nos legou (cf. Revisão Ampla 98) para as paróquias do centro de cidade mas que desejo propor a todas as Paróquias da Arquidiocese” (Carta Pastoral de D. Bruno – 2008 – p.28 – nº 41)
Ouvir, acolher, refletir, pensar, meditar, silenciar parece não fazer parte de todo o processo moderno e criativo de comunicação. Há uma maior preocupação em “falar” (teclar, digitar) e pouco em ouvir.
O diálogo é fundamental para o entendimento e crescimento humano, pois favorece o respeito, a troca de opiniões, o conhecimento do novo, a revisão do que já foi vivido, o questionamento.
É comum encontrar pessoas que precisam ser ouvidas por alguém e por isso saem de casa à procura de um ouvido que as escute. Elas precisam de atenção, de acolhida, de serem ouvidas.
O Ministério da Escuta é um serviço de acolhida das pessoas para auxiliá-las, quando possível, na tomada de decisões, diante de situações adversas, em meio aos problemas que passam, ou simplesmente para ouvi-las. Trata-se de um serviço voltado ao atendimento de pessoas que queiram conversar, desabafar, mas com sigilo absoluto.
A Igreja, nossa mãe, afirma que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Gaudium et Spes 1).
Não substitui a confissão (sacramento da reconciliação) com o sacerdote, mas o exercício de falar alivia espiritualmente e auxilia na fé diante dos momentos eufóricos ou aflitivos.
O papel do escutador é o de acolher, compreender e escutar sempre dentro do espírito cristão, mantendo o mesmo sigilo que um sacerdote faz na confissão.